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Por volta do ano 200 AC, um matemático grego chamado Eratóstenes  resolveu fazer a primeira medição da circunferência terrestre (na realidade uma estimativa).

Ele vivia em Alexandria. situada aproximadamente no mesmo meridiano que Siene, cidade localizada, praticamente em cima do trópico de Câncer.

Percebeu ele que no dia do solstício de verão no hemisfério norte (mais ou menos 21 de junho daquela época), uma vareta colocada verticalmente no chão em Siene não deixava sombra ao meio dia, já que neste instante, o sol está a pino no trópico de Câncer.

Uma outra vareta colocada em Alexandria (mesmo meridiano que Siene), deixava uma sombra na mesma hora. 

Então ele mediu o comprimento da sombra e concluiu, usando a geometria elementar ao alcance de qualquer aluno do segundo grau, que o ângulo que a extremidade superior da vareta fazia com a extremidade da sombra é o mesmo que os dois raios da Terra, partindo das 2 cidades citadas, faziam entre si.

A distância entre as duas cidades na realidade é o comprimento do arco de circunferência existente entre elas (supondo a Terra como uma esfera, muito próximo da realidade).

Com esta providência tão simples, Eratóstenes fez a primeira estimativa do raio da Terra. Infelizmente os cálculos estavam depositados na Biblioteca de Alexandria completamente destruída por um fanático religioso chamado Omar ou Oman. Sabe-se que grande parte dos conhecimentos do mundo antigo estavam lá arquivados e desapareceram nesse evento.

Segundo Eratóstenes o valor do raio terrestre seria da ordem de 7000 Km, quando se sabe que o valor correto é de pouco mais de 6300 Km, com um erro provável  pouco menor que 10%, excepcional em razão da precariedade do processo utilizado.

O valor exato da circunferência terrestre somente foi conhecido em dezembro de 1799, após medições realizadas por uma equipe a serviço da Academia de Ciências de Paris, que mediu o trecho do meridiano entre as cidades de Dunquerque e Barcelona, passando por Paris.

O resultado da medida, segundo as medições ora citadas,  após ser assinado por Napoleão Bonaparte em dezembro de 1799, foi materializado marcando-se o valor numa barra de platina iridiada mantida a zero grau e depositada no Museu do Louvre de Paris.

Com este ato praticado por Napoleão estava implantado o sistema métrico que aos poucos foi sendo aceito pela quase totalidade dos países do mundo.

Este meridiano, conhecido como o Primeiro Meridiano terrestre, aparece citado na obra de ficção “Código da Vinci”, que usou o Museu do Louvre como cenário para seu roteiro.


Mas isto é outra historia.