Maria Luiza Monteiro Affonso
- Escrito por Maria Luiza Monteiro Affonso
Posição de novembro/2009 relativa ao 3º trimestre de 2009
A palestra, proferida pelo Assessor da Diretoria Financeira, Luiz Guilherme Nobre Pinto, e pelo Gestor dos Investimentos em Renda Fixa, Max Leandro Teixeira Tavares, foi introduzida pelo Diretor Financeiro, Dr. Sylvio Murad, que salientou a intenção da Fundação de, trimestralmente, apresentar às patrocinadoras da ELETROS um panorama da economia mundial e brasileira, a posição dos investimentos da Fundação e os seus resultados. Exposição semelhante será, periodicamente, feita para a APEL, diante do interesse manifestado anteriormente pela Associação.
Evolução do cenário econômico mundial: em relação ao 2º trimestre de 2009, verifica-se a recuperação dos indicadores macroeconômicos. Quanto à perspectiva para os próximos meses, existem dúvidas quanto aos impactos da retirada dos estímulos governamentais.
No Brasil, a recuperação econômica avança. Para o ano de 2009, a MCM Consultores estima um PIB de 0,2%, após um crescimento de 5,1% em 2008. Para 2010, prevê-se um aumento de 4,7%.
Investimentos em Renda Fixa: internamente, a taxa de juros reais (12 meses) declinou de 14,19% a.a. no início de 2004 para 4,26% a.a. (projeção para 2010), com os juros do CDI-certificado de depósito interbancário passando de 23,83% a.a. para 8,84% a.a., no mesmo período. Ainda nesse segmento, segundo a Andima, os juros para o longo prazo, medidos pela rentabilidade das Notas do Tesouro Nacional série B, decresceu de 8,498 % a.a. em novembro/2008 para 6,638% a.a. em novembro/2009.
Em setembro/2009, a carteira de renda fixa da ELETROS com juros atrelados ao CDI estava assim composta: 38,9% em debêntures, 33,7% em ADELIC (operação de curtíssimo prazo), 23,5% em CDB, 2,1% em FIDC (fundos de investimento em direitos creditórios) e 1,7% em notas promissórias. Essa segmentação propiciou uma rentabilidade de 8,74% a.a. enquanto que o CDI rendeu 7,64% a.a.
Já na composição com títulos atrelados a índices que medem a inflação (NTN-B, NTN-C, letras hipotecárias e debêntures) a remuneração foi de 14,45% a.a. comparada com os 7,64% a.a. do CDI.
Investimentos em Renda Variável: no 3º trimestre de 2009, a composição da carteira da ELETROS nos segmentos petróleo e gás, bancos e mineração se aproximava do índice IBX (índice baseado nas ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – ponderação pelo número de negócios e volume financeiro) enquanto que em varejo e serviços a Fundação, acreditando na recuperação econômica do país, tinha 11,2% da carteira nesse segmento, contra 4,3% do IBX.
A rentabililidade dos planos da ELETROS até setembro (dados preliminares) é de:
Plano BD: 13,6%
- Meta fixada para o ano (INPC + 10,6%): 11,3%
- Meta atuarial (INPC + 5,5%): 7,5%
Plano CD Saldado: 11,3%
- Meta fixada para o ano (INPC + 9,4%): 10,4%
- Meta atuarial (INPC + 5,5%): 7,5%
Plano CD Puro: 14,5%
- Meta fixada para o ano (INPC + 11,1%): 11,7%
- Meta atuarial (INPC + 6%): 7,9%
Esse resultado originou-se da seguinte distribuição:
(em%) | CD Puro | CD Saldado | BD | CD-ONS | ||
Renda fixa | 71,25 | 77,62 | 87,74 | 67,93 | ||
Renda variável | 21,24 | 11,71 | 4,09 | 26,22 | ||
Imóveis | 2,98 | 3,27 | 3,52 | - | ||
Empréstimo | 4,53 | 7,41 | 4,64 | 5,86 |