Em 1891, já derrubado o Império, o Presidente da República era o Mal. Deodoro, tendo como vice Floriano Peixoto.
Em virtude de desenten-dimentos com os militares, o Mal. Deodoro resolveu renunciar e de acordo com a 1ª Constituição republicana, recentemente aprovada, deveria haver uma eleição já que a renúncia ocorrera na primeira metade do mandato que só terminaria em 1894.
Eis que o Mal. Floriano não concordou com esta tese, dizendo que isto só seria válido para os próximos presidentes. Desencadeou-se então o que ficou conhecido como a revolta da armada, liderada então pelo Alm. Custodio de Mello.
Vários focos de resistência foram surgindo no país, contrários à permanência de Floriano na presidência, entre eles na antiga capital de Sta Catarina, então denominada Desterro, uma abreviação de N. S. do Desterro.
Para debelar este foco foi enviada para aquele estado uma tropa sob o comando do Cel Moreira Cesar.
Em lá chegando Moreira Cesar agiu bem rápido, reuniu todos os revoltosos e sem dó nem piedade mandou fuzilar ou enforcar todos os rebelados, algo como 300 ou 400.
Logo em seguida ao triste episódio, o Governo Central decidiu mudar o nome da capital para Florianópolis, provavelmente para homenagear o responsável pela verdadeira chacina levada a efeito.
Até hoje há um movimento permanente em Florianópolis que se propõe a mudar o nome da capital, de tão triste memória. Parece que o nome que mais agrada é Floripas ou simplesmente Floripa. O nosso tenista Gustavo Kuerten sempre se refere a capital de seu estado, como Floripas.
O Cel. Moreira Cesar encontrou seu castigo, quando já na presidência de Prudente de Morais, sucessor de Floriano, também foi enviado para enfrentar Antonio Conselheiro, um fanático religioso que se opunha à mudança do regime (imperial para republicano), no episódio conhecido como Canudos- imortalizado em “Os Sertões” de Euclides da Cunha -. Os seguidores de Antonio Conselheiro terminaram por fuzilar Moreira Cesar para satisfação das mães da "Praça de Maio" de Desterro ou já agora Florianópolis.
